Mobilização popular é marca da 1ª Conferência Estadual de Ciência e Tecnologia na Paraíba

As etapas de Sousa e Campina Grande, da 1ª Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação mobilizaram centenas de pessoas. A concentração massiva demonstra a vocação do Sertão e Agreste paraibano para o desenvolvimento tecnológico inovador. O evento é uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, no âmbito da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, e realizado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior da Paraíba (Secties). A terceira etapa, que encerrará a Conferência Estadual, será em João Pessoa, nos dias 4 e 5 de abril.

O evento foi construído de forma horizontal, tanto no espaço como em colaboração institucional, de cuja organização participaram mais de 30 instituições. As contribuições levantadas nas três etapas da 1ª Conferência Estadual serão ingredientes para a definição de ações prioritárias no segmento de CT&I na Paraíba e serão conduzidas à etapa Nacional.  A finalidade, em termos federais, é compor propostas para a elaboração da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI 2024-2030) a ser desenvolvido pelo MCTI.

Os temas das programações em Sousa e Campina Grande instigam à reflexão sobre as características e as condições locais para o desenvolvimento científico e de inovação. Nos painéis de debates estão representadas as ambiências setoriais relativas à temas transversais, ou seja, permeiam a maioria das ambiências, e temas verticais, que concernem a um caso específico.

Os eixos locais “Interiorização e Internacionalização da Pesquisa Científica”; “Tecnologia e Inovação para empresas”; Geração de energia renováveis; Ciências básicas e Engenharia para o desenvolvimento dialogam com a proposta nacional que delineia: Eixo 1: Recuperação, expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação; eixo 2: Reindustrialização em novas bases e apoio à inovação nas empresas; eixo 3: Ciência, Tecnologia e Inovação para programas e projetos estratégicos nacionais e eixo 4: Ciência, Tecnologia e Inovação para o desenvolvimento social.

Uma das marcas da Conferência foi a grande participação popular, tanto nos debates e discussões durante os painéis, como no momento de reunião dos grupos de trabalho. Para o secretário executivo de Inovação da Secties, André Ribeiro, essa é a melhor forma de garantir a democratização da Ciência no Estado. “Fizemos uma conferência com debates interessantes, os quatro painéis tiveram uma participação intensa, sobre indústria, tecnologia social, tecnologia para saúde, e sobre uma série de questões que permeiam as discussões, inclusive dos grupos de trabalho, que foi o meu momento favorito da Conferência, onde foi debatido e discutido aquilo que eles refletiram e vai contribuir né com a proposta que será construída”, disse.

Rubens Freire, secretário executivo de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, apontou para as condições da formação acadêmica na Paraíba, onde as universidades federal e estadual e o Instituto Federal mantêm pesquisadores de alto nível. “Nós temos o que fazer, temos como fazer e sabemos o que fazer, o que é essencial nesse contexto que estamos vivendo. A ciência está de volta graças ao presidente Luís Inácio Lula da Silva; portanto, temos que estar atentos às nossas escolhas políticas”, enfatizou Freire.

No painel apresentado pela diretora do MCTI, Sônia da Costa, em Campina Grande, foram ressaltadas as potencialidades da produção rural na Paraíba e o quanto a tecnologia pode inserir melhorias para a agricultura familiar no estado. “A grande agricultora pode crescer junto com a agricultura familiar, sim; estamos no desafio de trabalhar em uma agricultura sustentável, que considere os potenciais da biodiversidade brasileira”, enfatizou Sônia Costa, mencionando ainda a segurança hídrica, que não é mais um tema exclusivo para o Nordeste, mas em nível de Brasil; e o empreendedorismo, dando como exemplo uma solução desenvolvida por uma pequena empresa para o corte da palma.

Já em Sousa, Francilene Garcia, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Progresso da Ciência (SBPC), ressaltou em sua fala as principais características do desenvolvimento da região de Sousa, particularmente no que diz respeito à transição energética. “Esse diálogo da sociedade é fundamental para que a gente possa externar algumas inquietações em relação à importância a grandes problemas globais a exemplo da crise climática, a importância das energias renováveis que é uma das vocações do Sertão da Paraíba. Nesse momento a gente prepara um diálogo que possa alertar instituições a ocupar seu devido lugar nesse espaço de discussão”.

O evento é uma forma de democratizar a ciência. Os esforços irão culminar em um documento contendo as  recomendações para a política de CTI de interesse do Estado, que será encaminhado para a etapa Regional e, enfim, integrará o relatório Nacional.

Pesquisador frisa ambição científica e tecnológica na Paraíba

O pesquisador Amílcar Rabelo, integrante de um projeto de pesquisa de colaboração internacional pela Universidade Federal de Campina Grande, o Radiotelescópio Bingo, considera a importância do desenvolvimento de projetos desse nível para a interiorização de CT&I em um país como o Brasil. Ele acompanhou as duas etapas, em Sousa e Campina Grande, e ressaltou que a resposta que a Paraíba tem dado aos temas é “Justo, Sustentável e Desenvolvido”

“O projeto BINGO é um exemplo a ser mostrado pela Paraíba. Tem uma participação fundamental do governo do estado, tem o aspecto da relação Brasil-China e está sendo instalado no sertão da Paraíba, propondo a condução do eixo de pesquisa para o interior. É uma iniciativa com atores de distintas regiões do Brasil. Vai fazer uma ciência ambiciosa, competitiva, e tudo isso tem impacto na educação, na inovação, no desenvolvimento regional”, completou.

Para Amílcar Rabelo, a comunidade de CT&I deve ser chamada a discutir e implementar políticas de industrialização de forma mais sistêmicas, envolvendo diversos setores, para fomentar cada vez mais uma maior integração da Paraíba com o Brasil e com o mundo, principalmente incentivando e melhorando a educação e fazendo ciência de ponta e relevante.

5ª CNCT alcança maturidade após experiências de contingenciamento orçamentário

O Secretário Geral da 5ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, retomou o histórico das quatro edições anteriores das conferências realizadas no Brasil e destacou a ausência de políticas para ciência e tecnologia no Brasil nos últimos anos, a fragilidade sobre a aplicação dos recursos públicos para impulsionar a pesquisa e o desenvolvimento e a necessidade de avançar com propostas para a formulação de um plano estratégico decenal para o setor.

Segundo Rezende, cada uma das quatro conferências anteriores aconteceu numa época e situação diferente, com  uma finalidade, um objetivo singular. A primeira foi em 1985. O objetivo era discutir a criação do Ministério da Ciência e Tecnologia, o que ocorreu naquela época.

A segunda foi em 2001, pouco depois da criação dos fundos setoriais de ciência e tecnologia. O objetivo era discutir o papel dos fundos setoriais na ciência. A terceira foi em 2005, no terceiro ano do primeiro mandato do presidente Lula; retomou acontecimentos dos anos anteriores e fez propostas para os anos seguintes. “O resultado importante dessa conferência de 2005 é que no segundo mandato do presidente Lula nós tivemos um plano de ação para Ciência e Tecnologia e Inovação de quatro anos, com metas, com objetivos e com orçamentos previstos”, avalia Rezende.

A quarta e última conferência foi em 2010. O objetivo foi analisar o resultado do plano e fazer proposta para os dez anos seguintes, até 2022.

“Esses últimos 14 anos foram anos de ‘um’ alto e ‘muitos’ baixos; desde 2014, basicamente, a comunidade científica está numa situação muito difícil em termos de política de ciência e tecnologia, não tivemos planos de ciência e tecnologia; aquelas propostas feitas para até 2022 foram praticamente ignoradas pela gestão pública. Especialmente a partir de 2016 até 2022 o FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), que é formado pelos fundos setoriais, foi fortemente contingenciado. Para se ter um exemplo, em 2021 o FNDCT teve uma receita de quase R$ 6 bilhões. O governo segurou R$ 5,4 bilhões e liberou apenas R$ 600 milhões para a pesquisa científica: um décimo da receita”, informa Sérgio Rezende.

A experiência com relação ao contingenciamento do FNDCT revelou-se trágica para o avanço de pesquisas e projetos científicos. Por isso, na opinião de Rezende, nesta 5ª Conferência Nacional  vai haver pouca discussão sobre o que se passou nesses últimos tempos:

“Há um consenso de que houve uma negação de política de ciência e tecnologia nos últimos anos. Também houve uma negação de política ambiental, de política de saúde, de educação e outros importantes setores da administração pública. Então, o objetivo principal agora será discutir propostas para um plano decenal de Ciência Tecnologia”, ressalta o Secretário Geral.

Sérgio Rezende afirma ainda que a construção dessa política não deve ter apenas a participação do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação, mas do Governo Federal como um todo, pois a ciência e tecnologia perpassa áreas de vários ministérios. “Aquele plano de 2007 a 2010 foi um plano de governo, construído com a liderança do MCTI, com a participação do Ministério da Saúde, da Educação, do Meio Ambiente, das Minas e Energia, e assim por diante. Neste ano vamos considerar todas as discussões nacionais, todas as sugestões propostas que foram encaminhadas nas conferências prévias e aprovadas na conferência principal”, explica Sérgio Rezende.

Fotos: Mateus de Medeiros
Iluska Cavalcante
Márcia Dementshuk – Ascom Secties

Startups vencedoras de hackathons realizadas do III Seminário de Transformação Digital serão incubadas pelo programa PTHI

O último dia do III Seminário de Transformação Digital foi marcado pela final de dois hackathons que aconteceram durante o evento. Seis equipes que venceram e  apresentaram soluções inovadoras para demandas propostas, tiveram como um dos prêmios a incubação  dos seus planos de negócios no programa Parque Tecnológico Horizontes de Inovação (PTHI). 

O Seminário  foi realizado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior (Secties) e  Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) nos dias 21, 22 e 23 de fevereiro, no Intermares Hall, em Cabedelo. 

Em paralelo às palestras, painéis e relatos de experiências inovadoras, o III Seminário, em seus três dias, também foi espaço para duas maratonas de desenvolvimento de ideias inovadoras:  as hackathons. A Secretaria de Estado da Cultura (Secult) apresentou um desafio e a Secties, em parceria com a PBGás, lançou outro. Para apresentar as soluções foram convidadas 61 pessoas, jovens estudantes que, divididos em 13 equipes, 7 se dedicaram ao desafio “Soluções Digitais para a Cultura”, da Secult e 6 se dedicaram ao desafio “Transformação Digital”, da Secties/PBGás.

As duas melhores soluções em cada tema receberam prêmios em dinheiro no valor total de R$ 10 mil (R$ 3 mil para cada grupo que ficou em primeiro lugar e R$ 2 mil para cada grupo que ficou em segundo lugar) e conquistaram junto às equipes que ficaram em terceiro lugar o direito de serem incubadas pelo PTHI. 

As equipes serão incluídas no próximo ciclo de incubação do programa PTHI, que terá início ainda no primeiro semestre de 2024.

Depoimentos

Segundo Mayara Costa, especialista em negócios de impacto no PTHI que participou da mesa avaliadora do hackathon Soluções digitais para a cultura, “a iniciativa  mostra como o governo está alinhado e ciente da potência da inovação no Estado. A Secretaria de Cultura compartilhou um desafio diário, que impacta diretamente no trabalho dos servidores e no apoio aos artistas e convidou pessoas de fora a apresentar soluções para o problema. Essa atitude é inovadora na gestão pública. A metodologia do hackathon funcionou e as soluções propostas foram além do esperado. Agora fica o desafio, para a equipe de incubação do PTHI, de transformar as soluções tecnológicas propostas em soluções reais e adequadas às necessidades da Secult e de outras instituições com demandas similares. Assim, negócios de impacto de base tecnológica e economicamente viáveis serão gerados”, afirma Mayara.

A estudante do IFPB em Guarabira, Lília Maria, integrante da equipe Método Ágil e  classificada em segundo lugar na hackathon sobre Transformação digital, conta como foi a experiência de participar da maratona.  “A hackathon foi algo incrível, principalmente para a nossa experiência profissional. Tivemos apoio de mentores, de pessoas que foram essenciais para a construção de nossa solução. Agradeço também pelo apoio de todos que estiveram conosco. Tenho muito orgulho da minha equipe ter participado e ter conquistado o pódio. Esperamos conquistar muitos frutos e desenvolver a ideia com  sucesso junto ao Parque tecnológico”, declara.

A maratona foi uma ação de oportunidade para o estudante do IFPB de Guarabira, Rodrigo dos Santos, também integrante da equipe Método Ágil. “A participação no Hackathon foi uma experiência extraordinária e extremamente enriquecedora. Acredito que houve um esforço considerável por parte de todos os envolvidos e o empenho concentrado das equipes evidencia o quão gratificante foi o evento. Desde já, expressamos nosso entusiasmo com a oportunidade de incubação do nosso projeto em parceria com o Parque Tecnológico”, disse. 

O seminário colocou em pauta  o enfrentamento das fake news, a segurança na informação, a inteligência artificial, a transformação digital na gestão pública e as relações entre cultura e tecnologia, as palestras estão disponíveis no youtube da Secties  https://secties.pb.gov.br/seminariodetransformacaodigital/.

O evento também contou com o patrocínio do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br); Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br); Fundação de Apoio à Pesquisa da Paraíba (Fapesq) e pelas empresas Huawei Technologies Co. Ltd.; Dahua Technology; PBGÁS – Companhia Paraibana de Gás; Sicredi e Minsait an Indra Company e a parceria da Secretaria de Estado da Cultura (Secult).

Gilson Renato

Secties realiza Demoday da segunda turma de pré-incubação do Parque Tecnológico Horizontes de Inovação

A Secties realizou, na última sexta-feira (16), mais um Demoday, um dia importante de fechamento e de divulgação das ideias de negócios da segunda turma de pré-incubação do Parque Tecnológico Horizontes de Inovação – PTHI.

As equipes formadas a partir de programas como o Ouse Criar e o Celso Furtado apresentaram as suas ideias de negócios para uma banca avaliadora. As apresentações, em formato de pitches, sintetizam todo um trabalho desenvolvido pelas equipes nos últimos seis meses. Durante o evento, que aconteceu no auditório da UEPB, em João Pessoa, eles receberam da mesa avaliadora feedbacks e orientações importantes para o desenvolvimento e aprimoramento de suas ideias.

Segundo o secretário executivo da Secties, Rubens Freire, “O mais importante que está acontecendo aqui, além do evento em si, é a demonstração para a sociedade de que o Parque Tecnológico Horizontes de Inovação, que nasceu a partir de uma ideia e de uma decisão do governador João Azevedo, ideia que foi gestada e está sendo capitaneada pela Secties, já é uma realidade. Hoje estamos vendo aqui já a segundo turma, composta por jovens de vários pontos da Paraíba que, apoiados pelo PTHI, vence as etapas da pré-incubação, aprimora suas ideias de negócios e se transformam em empresários com suas startups praticamente prontas para a produção de bens e serviços demandados pela população”, afirma Rubens.


O professor Suênio Alves, mentor do grupo que forma a startup Game Start, uma entre as que apresentaram pitches no Demoday, destacou a importância do apoio da Secties através do PTHI, “Essa ideia de startup que surgiu entre os próprios alunos que queriam desenvolver jogos a partir de desafios ambientais presentes no cotidiano deles, encontrou na equipe da Secties e do PTHI a oportunidade concreta de transformar a ideia em negócio. É isso que está se concretizando agora. Foi fantástico, pois nos permitiu conhecer muitas coisas novas relacionadas ao empreendedorismo e ampliou os horizontes de todo o grupo, motivando e, na realidade, ensinando o passo a passo que transforma uma ideia em uma proposta real de negócio”, afirma o professor.

Gilson Renato

Governo da Paraíba cria a Fundação Parque Tecnológico Horizontes de Inovação

Márcia Dementshuk, ASCOM SECTIES-PB

“O Parque surgiu da demanda do ecossistema de João Pessoa por um ambiente que pudesse receber empresas nascentes, de tecnologia”.  Secretário da Secties, Claudio Furtado.

Iniciado no ano de 2021, o Programa Parque Tecnológico Horizontes de Inovação (PTHI) foi estabelecido com a finalidade de impulsionar o desenvolvimento e a implementação de tecnologias inovadoras no estado da Paraíba. Atualmente, o programa evoluiu para se tornar uma Fundação, conforme estabelecido pela Lei Complementar Nº 188, que institui a Fundação Parque Tecnológico Horizontes da Inovação (FPTHI), aprovada na Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba e sancionada na última semana pelo Governador João Azevêdo. É uma fundação pública, com personalidade jurídica de direito privado, dotada de autonomias, vinculada à Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior (Secties). A sede física será no antigo prédio que anteriormente abrigava o Colégio Nossa Senhora das Neves, situado no Centro Histórico da capital paraibana. O local está em reforma e adaptação.

Para o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior, Claudio Furtado, a criação da FPTHI é fruto do avanço em inovação na Paraíba. “O Parque surgiu da demanda do ecossistema de João Pessoa por um ambiente que pudesse receber empresas nascentes, de tecnologia. Há um parque tecnológico em Campina Grande, um dos mais antigos do Brasil, ou seja, um ecossistema já organizado. Mas não havia na cidade de João Pessoa, nem no entorno ou no resto do Estado, um empreendimento que pudesse congregar o ecossistema de inovação do Estado.”

“Já tendo bem mais empresas de base tecnológica em João Pessoa, esse clamor, vamos dizer assim, foi ouvido, – continua o Secretário. Então, realizamos a inclusão do Parque, o PTHI no Plano de Governo de João Azevêdo. Depois de vários estudos, foi escolhido pelo governador o centro histórico de João Pessoa para estabelecer a sede. Houve uma concretização disso a partir da apropriação do antigo Colégio Nossa Senhora das Neves, que hoje está em reforma.”

Os estudos destinados a estabelecer o arranjo jurídico mais adequado foram iniciados imediatamente. Anteriormente a isso, os primórdios deste projeto estão registrados na lei que instituiu a Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior, momento em que a Executiva de Ciência e Tecnologia foi desmembrada da Educação, em janeiro deste ano. Trata-se de um processo que vem se consolidando progressivamente.

A tecnologia e a inovação, no entanto, já permitem um percurso exitoso para as atividades realizadas pelo Programa PTHI. A fase inicial de concepção desse empreendimento é administrada por meio da Secties, não só o projeto geral como também efetivando processos de incubação. Além da participação em eventos dentro e fora da Paraíba, a publicação de editais pelo governo do Estado já permite o acolhimento, a pré-incubação e a incubação de projetos empresariais inovadores (as startups) e a aceleração de empresas que, também com características inovadoras, buscam a inserção no mercado.

Até agora aproximadamente 30 startups foram acolhidas em processos de pré-incubação e aceleração, e 14 destas concluíram os respectivos ciclos, foram graduadas e já se inserem no mercado. “Começamos a entender como modelar nosso negócio, como entender sua viabilidade. O Parque Horizontes de Inovação realmente foi um grande parceiro nosso, no papel de auxiliar com esse apoio e de uma forma contínua”, declarou Laís Catarine – COO da Startup @weguidetour.

Para 2024 está prevista a conclusão do terceiro ciclo e a abertura do quarto ciclo de incubação, no segundo semestre, com mais 26 empreendimentos oriundos do edital Celso Furtado, da Hackathon Imagine The Future e de um próximo edital de incubação a ser publicado brevemente.

É um empreendimento destinado a impulsionar outros empreendimentos, construir a cultura de inovação no estado da Paraíba. Estes e outros traços formavam desenhos iniciais na mente do Secretário Claudio Furtado, da Secties, conforme seu relato:

“Com a Lei aprovada finalizaremos o estatuto, o qual definirá as normas de funcionamento do PTHI. A lei é uma questão administrativa”, explica Furtado. Conforme ele menciona, o Parque está inserido em um conjunto de iniciativas promovidas pelo Governo do Estado e pela Prefeitura de João Pessoa com o objetivo de revitalizar o Centro Histórico: “A decisão sobre a localização do Parque esteve, desde o início, alinhada a esse propósito. A ideia de introduzir no centro da cidade um equipamento de tal magnitude seria um elemento crucial no processo de revitalização e requalificação do Centro Histórico”, salienta o secretário. Tal medida incentivará a instalação de empresas, incrementará o fluxo de pessoas e fomentará a necessidade de estabelecimento de residências, culminando na renovação das estruturas do Centro.

A expectativa da criação do Parque Tecnológico Horizontes de Inovação está sendo alcançada. Furtado finaliza considerando “um grande acerto e o cumprimento de uma promessa feita: dar oportunidade a pessoas formadas, aos acadêmicos, que possam se envolver no empreendedorismo. É a ciência e a tecnologia contribuindo para o desenvolvimento do Estado da Paraíba com qualificação, ou seja, um PIB qualificado”.

PTHI promoverá transformação na estrutura produtiva da PB

Ao mencionar um “PIB qualificado”, o Secretário Claudio Furtado se refere ao aumento da renda per capta do estado com base em uma transformação da estrutura produtiva da Paraíba, de forma que ela seja capaz de pagar melhores salários.

A PB teve um PIB per capta de R$ 19.082, em 2021 – o paraibano, em média, ganha 1.590,00 por mês (Seplag/PB/2023/IBGE). No Estado de São Paulo o salário médio por pessoa, no mesmo ano, foi de R$ 4.858 (IBGE). Dadas as diferenças para essa comparação, os dois estados se destacam na área de serviços com relação ao PIB. Mas na PB o valor equivale a 80% do PIB, enquanto que em SP, o percentual varia entre os 30%.

Segundo os economistas, o desafio é a qualidade dos empregos, os salários baixos equivalem a atividades de baixo valor agregado. Essa característica é forte na economia paraibana. Por outro lado, São Paulo, se fosse um país, estaria entre 21ª economia do mundo, possui forte densidade industrial e tecnologia agrícola. Em dados mais recentes, os 100 milhões de brasileiros ganham em média R$ 2.900,00 por mês (PNAD 2023/IBGE).

A coordenadora do Programa Parque Tecnológico Horizontes de Inovação, Francilene Procópio, analisa o papel do PTHI através dessa perspectiva. “O Parque será uma alavanca para a evolução da Paraíba, puxado pela política pública governamental, que é fundamental.  Está inserido como impulsionador para as empresas a repensarem a sua atuação. Não importa o tamanho da nossa indústria, o tamanho das empresas ou grau de desatualização delas, é importante que nós tenhamos uma oportunidade de evoluir.”

Francilene Procópio destaca um segundo ponto citando a procura de cidades com boa qualidade de vida e um custo mais baixo pelos “nômades digitais”, aquelas pessoas que escolhem locais para viver e prestam serviços de forma remota através das plataformas. “Os municípios paraibanos com mais de 100 mil habitantes atraem essas pessoas. Dois elementos são atrativos para que essas cidades sejam escolhidas: a remuneração abaixo da média do mercado e a presença de banda larga. Então, eu vejo nisso oportunidades importantes para João Pessoa e cidades de porte médio que são nucleadoras de mudanças e transformações no estado”.

Além desses pontos, Procópio cita a perenização dos investimentos em C,T&I como fundamental: “Particularmente o Governo do Estado está comparecendo e mantendo de forma contínua investimentos nas áreas de ciências, tecnologia e inovação, olhando não apenas para o apoio à Universidade Estadual, mas também aos programas de fomento à inovação e ao empreendedorismo inovador no estado.

A Paraíba aparece no relatório Indicadores Nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação 2022, do MCTI, como o 3º estado no ranking nacional cujo tesouro público mais investiu em Ciência (o 1º é SP e o 2º é o PR). Nessa esfera, a institucionalização da Fundação Parque Tecnológico Horizontes de Inovação (FPTHI) sinaliza a integração da Paraíba à tendência global da indústria 4.0.

“Podemos dizer que nos próximos 10 anos vamos esperar maior presença de empresas inovadoras contribuindo para o PIB do Estado, para um aumento significativo no valor do salário médio pago, sobretudo àquelas ocupações que estão atuando nessas cadeias baseadas em conhecimento. E mais do que isso, a transformação das regiões. Isso vale para todo estado, não apenas para a capital, mas para as cidades nucleadoras, sobretudo aquelas onde a gente tem a presença de instituições científicas e tecnológicas”, finaliza Procópio.

Democracia, Ética e Ciência é tema de palestra promovida pela Secties

O Governo do Estado por meio da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior da Paraíba (Secties) promoveu no dia 11 outubro uma palestra com o filósofo e escritor Renato Janine Ribeiro, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), com o tema ‘Democracia, Ética e Ciência. O evento aconteceu no auditório do Centro de Educação da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com objetivo de trazer reflexões e debates sobre o cenário democrático no âmbito da ciência, tecnologia e educação.

A palestra contou também com a presença dos secretários executivos da Secties, Elis Regina Barreiro e Rubens Freire, da vice-presidente da SBPC e coordenadora do Programa Parque Tecnológico Horizontes de Inovação, Francilene Garcia, da diretora do Centro de Educação, Adriana Diniz, estudantes e servidores.

Durante a palestra, Renato Janine considerou que a sociedade não reconhece os direitos humanos por causa da ausência de consciência sobre a democracia e defendeu a necessidade da execução de projetos sociais no Brasil que visem à educação política. Em entrevista, ele destacou questões referentes ao tema da palestra.

Para o Nordeste, Janine vislumbra uma série de qualificações profissionais que até hoje foram um pouco valorizadas e que podem crescer. Sobre as prioridades para a pesquisa no Brasil, Renato Janine fala sobre o enfrentamento à insegurança alimentar e as questões que envolvem mudanças climáticas. O segundo tópico como um assunto global, mas de responsabilidade nacional. “A SBPC sabe que a prioridade zero do Brasil hoje é acabar com a fome. O Brasil saiu do mapa da fome a cerca de 10 anos, e voltou, reintrodução da fome, uma fome numerosa com 33 milhões de pessoas vivendo com insegurança alimentar”.

Com relação a este ponto o cientista, que já exerceu o cargo de Ministro da Educação em 2015, ressalta a atuação da ciência com contribuições decisivas. “A ciência é muito importante para enfrentar a fome, a desigualdade injustiça social. Nós entramos por aí, nós estamos dispostos a colaborar com tudo isso, dissemos isso há vários ministros, como ao Ministro Wellington Dias, com quem eu estive em março em Teresina,”

“E nós entendemos que tudo isso está articulado”, prossegue Janine. “Quer dizer, vencer a fome significa também a fome de conhecimento significa melhorar a educação, sobretudo Educação Básica que é onde se produz a desigualdade no Brasil. Sendo a educação diferente para crianças diferentes acaba gerando uma desigualdade que se perpetua ao longo da vida”, avalia Janine.

Ao falar sobre a ética na sociedade, Janine enfatiza que as condições para o crescimento saudável de uma sociedade passa pela busca à verdade, segundo esclarece Janine: “Infelizmente, a nossa sociedade foi marcada por essa negação da verdade científica e por outra negação, a da verdade factual, aquilo que é coberto pela imprensa, por exemplo. Nós estamos numa luta muito séria nesse momento e acredito que para os jovens seja importante ensinar o que que realmente acontece tanto nos fatos por uma imprensa decente quanto naquilo que diz respeito à Ciência.”

Como uma advertência final, Renato Janine visualiza os atores sociais na busca pela ética. “Nós temos que deixar claro que a busca da ética tem que estar muito voltada ao bem comum, nós temos que entender que por exemplo um pai, tem que educar os filhos para os filhos saberem que eles têm que estar voltados para a sociedade. Nenhum de nós cresce isoladamente”

O presidente da SBPC, Renato Janine, esteve na Paraíba durante a semana que ocorreu o eclipse anular do sol, dia 14 de outubro de 2023. Realizou duas palestras, em João Pessoa e em Campina Grande. para a observação do eclipse esteve no lajedo do Pai Mateus, em Cabaceiras.

Márcia Dementshuk
Ascom Secties

Secties apresenta no CNC Innovation Day Paraíba investimentos do Governo do Estado na área de tecnologia e inovação

A Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior (Secties) apresentou nessa terça-feira (19), no CNC Innovation Day Paraíba, os investimentos do Governo do Estado na área de tecnologia e inovação, como também o Programa Parque Tecnológico Horizontes de Inovação. O evento que aconteceu no Intermares Hall, em Cabedelo, é uma realização da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo da Paraíba (Fecomércio PB) em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), visando fomentar o relacionamento com o ecossistema local de tecnologia e inovação, por meio de palestras, painéis, cases de sucesso, tendências e inovação para o comércio de bens, serviços e turismo.

A apresentação foi realizada pelo o secretário da Secties, Claudio Furtado, no painel  ‘Inovação para o desenvolvimento econômico na Paraíba’, que, entre outros temas, falou sobre os investimentos do Governo da Paraíba em pesquisa e desenvolvimento (P&D), pós-graduação, editais para projetos inovadores e sobre o Programa Parque Tecnológico Horizontes de Inovação (PTHI), que, através de vários editais, já habilitou diversas startups. “O crescimento no cenário tecnológico e inovador da Paraíba, também é fruto dos investimentos que o Governo do Estado tem realizado na área,  não só no polo em  João Pessoa com o Parque Tecnológico Horizontes da Inovação, mas também, em outros polos de diversas localidades, por meio de editais e programas que vem criando startups e fortalecendo o apoio de empresas que são importantes para o desenvolvimento do estado”, conta.  

Outro momento importante do CNC Innovation Day Paraíba foi a participação de duas startups oriundas do edital “Conectando Startups: Tecnologias Educacionais e Turismo Sustentável”: a Neoron e a WeGuide, que apresentaram a história de sucesso das empresas; como também a Rota 83, do edital “Ideias inovadoras”, pré-incubada em 2021, em uma das primeiras ações do Programa PTHI. Todos os editais são financiados pela Fundação de Apoio à Pesquisa da Paraíba (Fapesq-PB).  

O CNC Innovation está acontecendo em vários estados brasileiros e teve na terça-feira a sua versão paraibana. O CNC Inovation promove diálogo entre as instituições comerciais, industriais, instituições acadêmicas e o poder público sobre a inovação no varejo e o fortalecimento das conexões no ecossistema local de inovação.

“Nós vimos aqui a reunião de um setor muito importante da nossa economia, que é o comércio varejista, com outros segmentos e com várias startups, inclusive três delas apoiadas por editais da Secties através do PTHI. Eventos como o CNC Innovation promovem a necessária interação entre os setores do ecossistema de inovação e esse diálogo é muito fértil e produtivo, pois amplia a comunicação e estimula a busca de soluções entre as pessoas e as instituições que operam no nosso ecossistema”, ressalta Claudio Furtado.

Para Leonardo Ebling, da empresa Neoron, “tivemos uma excelente oportunidade de expor para um público que é essencial, através de um pitch rápido, mostrar as soluções que conseguimos estruturar através de chatbots (plataforma digital de conversação), a gestão de informação. Agradecemos muito à Secties e ao PTHI por mais essa oportunidade, que foi fundamental na formação e orientação para o posicionamento da Neoron no mercado”, afirma Leonardo.

Já para a empresária Laís Catarine, da WeGuide, o Programa PTHI assegurou o desenvolvimento da empresa. “Com o programa nós começamos a entender como modelar e viabilizar o nosso negócio que é oferecer todos os recursos necessários para melhorar o atendimento dos guias de turismo com os seus clientes. Hoje, tivemos essa excelente oportunidade de mostrar o nosso produto para um público diverso”, conta.

Startups participantes do CNC Innovation Day Paraíba

       1. Neoron: Startup que desenvolveu uma plataforma de inteligência conversacional automatizada, conhecida como chatbots. Sua atuação se concentra nos setores de saúde, educação e mercado imobiliário. Os chatbots da Neoron têm o potencial de otimizar o atendimento ao cliente e melhorar a eficiência operacional e a qualidade das respostas nos setores em que atua.

2. Weguide: Guia de turismo em rede: Plataforma digital multilateral que capacita guias e condutores de turismo promovendo a interação digital e estimulando o empreendedorismo no setor.

3. Rota 83: Realidade aumentada e inteligência artificial, uma plataforma que presta serviços essenciais ao turista usando a tecnologia para acelerar o processo de comunicação e conhecimento entre o turista e a cidade ou local que ele pretende conhecer.

Programa Parque Tecnológico Horizontes de Inovação promove aproximação de startups paraibanas a investidores em DEMODAY

Na Expotec 2023 aconteceu o Demoday: uma oportunidade para startups se aproximarem de investidores e impulsionarem seus empreendimentos. Foi uma ação inédita do governo estadual que investiu R$ 3 milhões por meio do edital Conectando Startups: Tecnologias Educacionais e Turismo Sustentável, aberto em 2022 pelo programa Parque Tecnológico Horizontes de Inovação. A ação aconteceu na sexta-feira (11/08) e foi uma realização do governo do Estado da Paraíba, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior (Secties), em parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa da Paraíba (Fapesq).

Doze projetos foram apresentados, em formato de “pitch”, uma metodologia que dinamiza os trabalhos permitindo um tempo curto de exposição. Foram selecionados a partir do edital. Cada projeto selecionado recebeu o aporte financeiro de até R$ 150 mil em subvenção. O Demoday não foi uma competição, os participantes tiveram o objetivo  de captar investimentos.

A atividade é desenvolvida no âmbito do Programa Parque Tecnológico Horizontes pelo qual os empreendedores receberam apoio e suporte técnico para o desenvolvimento de um produto minimamente viável (MVP) de modo a ser apresentado a investidores. Eles passaram por um processo de oito meses e agora demonstram o estado da arte de seus negócios. O objetivo é fechar com investidores e entrar no mercado em breve.

O evento teve a participação de Claudio Furtado, Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior; Elis Regina Barreiro, Secretária-executiva de Inovação; Rubens Freire, Secretário-executivo da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior; Patrícia Costa, coordenadora de Programas e Projetos da Fapesq  e Francilene Garcia Procópio, coordenadora do Programa Parque Tecnológico Horizontes de Inovação.

“Esse Demoday já reflete investimentos que a Secretaria tem feito nos últimos meses para selecionar empresas inovadoras com editais focados em determinadas linhas. As novas etapas para a Secties serão novos editais para novas linhas que o Parque (PTHI) vai atuar: a questão da longevidade, das energias renováveis, TI, TIC e a cultura. Em breve teremos novidades sobre editais que visam fazer subvenção para entidades culturais: uma maneira de fomentar a economia criativa”, informa o secretário da Secties Claudio Furtado. 

Para a Secretária Executiva de Inovação, Elis Regina Barreiro, hoje se comprova que há meios de expandir os limites de investimentos na Paraíba, uma vez que neste Demoday participam investidores de fora do Estado. “Estamos vivenciando algo inédito”, salienta a Secretária-executiva. “O primeiro Demoday que promovemos através do programa Parque Tecnológico; é algo que marca esse novo momento do programa Parque Tecnológico junto da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior, ou seja, dentro de uma secretaria específica que vai cuidar do fomento ao empreendedorismo com base tecnológica na Paraíba. A expectativa é de atrair o capital privado para a continuidade dos projetos aqui apresentados,” destaca Elis Regina.

Investimentos iniciais feitos pelo governo estadual firmam empreendimentos

Os projetos foram analisados por uma banca de investidores especialistas no setor de tecnologias para educação e turismo. Presencialmente: Alex Pinheiro, pioneiro no setor de edtech; Fabiana Medeiros, responsável por fomento para inovação via Plataforma de Inovação SENAI; Wilson Roberto, advogado, empresário; e em participação virtual, Diogo Catão, CEO da Dome Ventures. A cada apresentação, eles atribuíram recomendações para a evolução dos negócios.

Laís Catarine Ramos – especialista em turismo – participou do “pitch”. Ela trabalha com a WeGuide, uma startup que desenvolve a inovação nos serviços de guias de turismo, e declarou: “Nosso objetivo é amadurecer nossa proposta de valor, compreender onde podemos ir. Porque quando entendermos isso, os sócios chegarão de verdade porque saberão do nosso potencial. Com a subvenção do governo do Estado recebida pela Fapesq fizemos a parte do modelo de entendimento à proposta de valor e tudo que isso envolve. Hoje estamos modelando esse crescimento para sermos atrativos para esses sócios. Somos imensamente gratos ao Parque Tecnológico (PTHI); esperamos outras iniciativas com esse intento, porque aqui na Paraíba isso é muito raro. É uma importante iniciativa do governo do Estado, entender que somos soluções que realmente precisam de incentivo para desenvolvermos nosso ecossistema de inovação”, afirma Laís. 

A responsável pelo programa Parque Tecnológico Horizontes de Inovação, Francilene Garcia, explica de que forma a metodologia do edital vem favorecendo o processo evolutivo narrado por Laís e também vivenciado pelos outros onze representantes dos projetos:

“O primeiro desafio deste edital era que as empresas situadas no Estado da Paraíba, com soluções potenciais para resolverem problemas reais dos setores da educação e do turismo sustentável, tivessem a oportunidade de dialogar com os reais atores que convivem com as duas áreas identificando as verdadeiras ‘dores’. Essas empresas passaram por uma imersão para que elas tivessem uma validação se a solução que elas tinham de fato atendiam ao seu segmento.A imersão foi fundamental para que as empresas pudessem revisitar as soluções que tinham nas suas startups e adequar para o nível das dores apresentadas.”

“O segundo momento era oferecer as melhores condições de acesso ao capital  para que essas empresas, uma vez com a solução, pudessem contactar investidores do mercado. Trata-se de fundos privados, em geral, que atuam no mercado de risco, sobretudo na área do empreendedorismo inovador, e que estão aqui presentes neste momento (no Demoday).”

“O terceiro desafio é o retorno dessas empresas aos locais onde elas identificarem as dores e validarem mais uma vez as soluções e assim aprimorar os negócios”, conclui Francilene. Os investidores deram dicas de como o negócio pode ser acelerado. Foi mencionado com frequência a questão da monetização e de que forma a empresa pretende tracionar o mercado com a solução que ela tem. Em mensagens finais, Fabiana Medeiros considerou que estes empresários estão plantando sementes e a intenção é a construção de um ecossistema sólido. Alex Pinheiro, satisfeito com o movimento e a qualidade técnica apresentada, afirmou que “o que se viu aqui não perde para nenhum outro pitch em nenhum outro lugar”. Diogo Catão observou que o trabalho vem crescendo ao longo dos anos, e os empreendedores vão conseguir apresentar instruções cada vez melhores. E Wilson Roberto enfatizou que é importante ter o capital no momento certo.

Os 12 projetos – Edital Conectando Startups

ARTEZAUM DIGITAL

Plataforma de ensino gamificado – recebe lições e as transforma em atividades gamificadas, tornando o aprendizado mais envolvente e divertido para os alunos.

WEGUIDE: GUIA DE TURISMO EM REDE

Plataforma digital multilateral promove capacitação continuada, inserção, interação digital e para estimular o trabalho em rede e o empreendedorismo para guias e condutores de turismo.

DÍNAMO NUCLÉOLO AUDIOVISUAL + DNA_HD

DNA HD é um aplicativo desenvolvido para realidade virtual/aumentada para criar novas metodologias para ensino médio.

EXPEDIÇÃO TERROÁ PARAÍBA

O Terroá, transformou todo o conteúdo adquirido em reportagens de vídeo em documentário.

METAEDU

O projeto METAEDU  facilita o acesso ao conhecimento por meio de uma tecnologia de baixo custo em sala de aula virtual.

EAD MASTER

Duas soluções tecnológicas inovadoras: o Sistema Planeje e a Plataforma Qstione. O objetivo é simplificar a criação, planejamento e execução curricular.

INOVATURPB é um sistema da plataforma do Observatório de Turismo da Paraíba (OTPB) com o objetivo de realizar a transformação digital na cadeia produtiva do turismo.

NEORON

Uma plataforma de inteligência conversacional automatizada (chatbots), direcionado para os segmentos de saúde, educação e ramo imobiliário.

PLATAFORMA UNIVERSE

Aplicativo de aluguel de temporadas e espaço para eventos, projetado para oferecer uma experiência única e acessível de hospedagem alternativa aos visitantes.

ENTRE PALAVRAS, IMAGENS E SONS

Entre palavras, imagens e sons é um produto educacional para auxiliar os processos de alfabetização e letramento com audiovisual.

REVIGORADA MENTE

Projeto que promove o bem-estar corporativo e potencializa a melhora da saúde mental dos colaboradores para empresas.

VINVER EDUCA

Plataforma de gestão educacional pedagógica direcionada à administração pública, especificamente ao Estado da Paraíba.

Programa Parque Tecnológico Horizontes da Inovação mostra três projetos no Imagineland

Três projetos apoiados pelo Programa Parque Tecnológico Horizontes de Inovação da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior (Secties) foram apresentados no Imagineland, compondo com outros projetos o estande da Secties. O público pôde conhecer melhor o trabalho inovador de startups e de estudantes nas áreas de educação e turismo.

A startup Rota 83 vem do edital Ideias Inovadoras, propõe uma plataforma digital que busca otimizar as escolhas de destinos turísticos através dos meios eletrônicos e seus recursos de imagem, som e localização.

A equipe da Rota 83 apresentando suas soluções ao secretário Cláudio Furtado

O Game Start é um projeto de estudantes da Escola Cidadã Integral Técnica Otávia Silveira, de Mogeiro, com a criação de games inspirados nos Obejtivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. O projeto ganhou o primeiro lugar no prêmio Diplomacia Verde da União Europeia no Brasil e será incubado no programa do Parque.

Suênio Alves, o representante da Game Start e Brenda Guedes, a gerente de projetos da incubadora PTHI

E a startup Neoron mostrou seu projeto que usa inteligência artificial como apoio para reforçar o aprendizado em sala de aula, aprovado no edital Conectando Startups.

A equipe da startup Neoron junto ao governador João Azevêdo

Além dos projetos do PTHI, o estande da Secties contou com demonstrações do radiotelescópio Bingo; do projeto Esperança no Espaço, que ensina a fazer telescópios na Cadeia Pública de Esperança; robótica; de projetos financiados pela Fundação de Apoio à Pesquisa na Paraíba (Fapesq) como Enem Aventura e a Bauá Kombucha, do programa Centelha, que incentiva startups iniciantes; e da Associação Paraibana de Astronomia, que levou fragmentos de meteoritos e explicou sobre o eclipse anular que poderá ser visto na Paraíba em outubro.
O Programa Parque Tecnológico Horizontes de Inovação também vai colocar em seu programa de pré-incubação as 12 equipes que participaram de um hackathon no Imagine the Future, uma programação paralela do Imagineland dedicada ao empreendedorismo e à inovação. 100 estudantes de instituições públicas de ensino superior participaram da maratona de inovação, se dividindo em 12 equipes que precisaram criar soluções para resolver de maneira inovadora problemas das cidades. A equipe vencedora criou a ideia de um aplicativo para otimizar a marcação de exames.

Os participantes e mentores do hackathon

O Imagine the Future premiou a equipe vencedora com R$ 5 mil, a segunda colocada com R$ 3 mil e a terceira, com R$ 2 mil. Além disso, todas as 12 equipes que serão pré-incubadas pelo programa PTHI receberão o incentivo de R$ 5 mil. As equipes que passarem para a fase de incubação receberão mais R$ 20 mil.

Renato Félix

Programa PTHI inicia novo ciclo de pré-incubação de startups do Ouse Criar e Celso Furtado

O Programa Parque Tecnológico Horizontes de Inovação (PTHI) da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia Inovação e Ensino Superior iniciou no dia 13 de julho, o novo Ciclo de Incubação 2023. Este será o terceiro ano de formação dos grupos de empreendedores oriundos dos editais Ouse Criar e Celso Furtado.

Os empreendedores, representantes das várias startups classificadas, foram acolhidos em um ambiente digital e tiveram a oportunidade de conhecer a metodologia, a estrutura e a equipe que vai lhes dar suporte e mentoria nas áreas de empreendedorismo, marketing e projetos.

Este será o segundo ciclo de pré-incubação do Programa PTHI , que inaugura a Plataforma Digital de Incubação, elaborada em parceria com o LAVID/UFPB e oferecerá aos grupos em formação todas as facilidades de acesso, compartilhamento e fluxo de informação dos ambientes digitais inovadores. A Plataforma está sendo concluída e deve entrar brevemente em funcionamento.

A Presidente Nacional da Central Única das Favelas – CUFA, a jornalista paraibana, Kalyne Lima, participou do evento como convidada e chamou a atenção para as oportunidades que se abrem aos empreendimentos inovadores, inclusive em demandas econômicas, educacionais e sociais das comunidades suburbanas e de favelas em todo o Brasil.

Na opinião da mentora de marketing, Clara Amorim, os empreendedores que iniciam este novo ciclo ainda são considerados em pré-incubação, pois ainda não têm um projeto acabado de negócios e de produtos. Dessa forma, segundo Clara, “eles precisam agora sair do campo das ideias para um projeto de empresa, com um mínimo produto viável (MVP), um protótipo, coisas que estão muito mais próximas do espaço real de mercado. É para essa construção que todos terão o nosso apoio”, afirma a orientadora.

Para o mentor de empreendedorismo, Jorge Wanderley, “temos expectativas muito positivas para este segundo ciclo, pois temos a experiência do primeiro, com um público também oriundo dos programas Ouse Criar e Celso Furtado, e agora temos uma maior clareza em relação às necessidades deles. Assim faremos uma abordagem mais objetiva, com mais foco nas jornadas individuais, o que será mais desafiador para a equipe de formação e, na nossa perspectiva, vai proporcionar melhores resultados para cada startup”, afirma Jorge.

Responsável pelo suporte e orientação para os projetos das startups em formação, Brenda Guedes conta com a motivação do grupo de empreendedores nesta jornada que inicia, “já tivemos um gostinho do que é cada projeto com a rodada de reuniões que tivemos na semana passada. Eu fiquei bem empolgada com o que vi. Temos projetos inspiradores, inovadores, estudantes engajados que de fato querem causar impacto na sua comunidade. Tudo isso é o combo perfeito para a gente desenvolver um excelente trabalho nesse ciclo que estamos iniciando”, afirma a mentora Brenda.

Depois das etapas iniciais de habilitação, nove empreendimentos estão aptos a iniciar o ciclo de pré-incubação e a expectativa é que toda a trajetória de formação e estruturação das novas startups esteja concluída no início de 2024.

Gilson Renato

Programa PTHI e LAVID/UFPB: uma parceria de sucesso!

O Programa Parque Tecnológico Horizontes de Inovação agora conta com uma plataforma virtual de acompanhamento dos projetos incubados, desenvolvida junto ao LAVID/UFPB.

A Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior por meio do Programa Parque Tecnológico Horizontes de Inovação (PTHI), colocou em operação a Plataforma de Incubação Virtual Horizontes de Inovação. A Plataforma, construída em parceria com o Laboratório de Aplicações de Vídeo Digital – LAVID UFPB é um ambiente virtual que acolhe, apoia e acompanha projetos de startups lhes permitindo um processo adequado de incubação com todas as facilidades de fluxos de informação dos ambientes virtuais inovadores.

A nova Plataforma entrará efetivamente em operação após o início do segundo ciclo de incubação do Programa PTHI. As startups serão acolhidas no ambiente virtual e nele participarão de todo o processo de incubação previsto para ser concluído em aproximadamente 6 meses.

Gilson Renato

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